Dança do Ventre
Dança do Ventre
Possível Origem: Ásia Menor / Pré história
Data aproximada de sua existência: de 5.000 a 7.000 antes de Cristo
Estrutura: Combinam em seus movimentos elementos de diferentes países do Oriente Médio e Norte da África.
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No momento as aulas estão suspensas
Divindade para qual a Dança do Ventre foi oferecida: Deusa Inanna, a grande mãe terra
Nos países árabes a Dança do ventre é conhecida como: Raks Sharki – Dança Oriental
Origem do nome Dança do Ventre: Os movimentos de ventre e quadris presentes na dança oriental despertaram fascínio em um grupo de viajantes europeus comandados por Napoleão. Desta maneira, a dança oriental feminina foi classificada em Francês como “La danse du ventre”
Dança do Ventre.
Temos dois termos: Raks Sharki (Dança Oriental): É mais refinado e rico incluindo movimentos folclóricos egípcios, dança clássica e dança contemporânea, com grandes deslocamentos, giros e movimentos com todas as partes do corpo, inclusive os de quadris que são os mais importantes.
Raks Baladi (Dança do povo): É elementar praticada sem deslocamentos e predominam os movimentos de quadris
O Parto e a Antiga Religião
Ao pesquisarmos a antiga religião que tinha a Deusa Mãe Terra como sua única e principal divindade percebemos a existência de toda uma cultura que reverenciava o poder de criar dentro do ventre feminino. Naquela época tudo estava voltado para as chamadas “doadoras de vida” e assim o mito que descreve o nascimento da própria Deusa, nos fornece a resposta para as perguntas anteriores.
“…Conforme ela dançava, assim aumentava seu êxtase e em seu êxtase ela criou tudo que existe…”
Através de uma dança sagrada a Deusa deu a luz a tudo que existe e através da mesma dança sagrada, cujos movimentos nascem dos quadris e do ventre, a mulher da antiguidade fortaleceu seus corpo interna e externamente para ter êxito em cada um de seus partos abençoados pela “Grande Mãe”.
História e Origem
A Dança do Ventre, desenvolveu-se entre os primeiros povos a habitarem a Ásia menor, inicialmente como dança religiosa sob o matriarcado como forma de representação e adoração à Deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra e posteriormente como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres.
Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir através de movimentos variados: os quatro elementos (água, fogo, terra e ar) animais sagrados como; a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra) cataclismos como: terremotos, maremotos e etc. além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida. Dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que ao serem chacoalhadas emitiam um determinado som para cada movimento. Percebemos que desde então o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só ele tem a capacidade de materializar a música árabe.
Aspectos Terapêuticos
Benefícios Físicos
A dança do ventre modela o corpo feminino, afinando a cintura e tonificando toda a musculatura interna e externa dos braços, pernas e abdômen. Aumenta a flexibilidade, elimina cólicas menstruais, regula o ciclo menstrual e melhora a coordenação motora.
Principalmente para a terceira idade, corrige a postura diminuindo dores na coluna derivadas de escoliose, cifose e lordose, melhora a circulação sangüínea, recupera lentamente a elasticidade muscular e a resistência física.
Benefícios Psicológicos
A prática da dança do ventre combate a depressão, melhora a auto estima e auto confiança das mulheres. A prática constante dos movimentos faz com que a ansiedade e o stress diminuam gradativamente para que dessa forma a mulher atinja o relaxamento mental e muscular.
Postura
A coluna vertebral é a mais importante estrutura de suporte do corpo todo. É composta de 24 ossos interligados chamados vértebras, situados uns sobre os outros. Entre as vértebras estão os discos. Eles têm a estrutura delicada, devidamente balanceada e podem ser facilmente lesados. Quando há má postura as juntas não se perfilam como deveriam.
Quando a coluna está alinhada corretamente, os grupos de músculos que a suportam estão equilibrados.
Se a suave curvatura natural da coluna se torna exagerada, alguns músculos ficam estendidos o tempo todo; estes músculos se tornam fracos. Outros ficam contraídos o tempo todo; estes se tornam retesados. A prática da Dança do Ventre auxilia as mulheres a desenvolverem a consciência corporal. Em uma semana as praticantes já notam grande melhora em sua postura, principalmente quem sofre de dores na base da coluna, pescoço e trapézio.
A informação unida à prática da Dança do Ventre são duas estratégias terapêuticas, sendo assim, aprender a respeito e praticar a postura correta fará com que você tenha uma mente informada e um corpo saudável, livre de dores.
Sensualidade – A prática da Dança do Ventre desenvolve na mulher uma sensualidade clássica, sem qualquer traço de vulgaridade. Esta arte milenar nada tem haver com erotismo e traz ganhos para a mulher em todas as áreas, até mesmo na área sexual, justamente por desbloquear a saída de energia pelos pontos vitais e por manter o tônus muscular do baixo ventre feminino, proporcionando assim às mulheres um grande controle de sua musculatura interna.
Estrutura da dança do ventre
Dentro da didática Nandhara Kaaran, a dança do ventre divide-se em 3 categorias de movimentos:
Movimentos Sinuosos: Movimentos que possuem linha contínua e que captam os momentos lentos representados pela melodia da música árabe.
Movimentos Batidos: Movimentos que possuem requebrado e que captam a percussão da música árabe composta por instrumentos que provocam sons de batida.
Movimentos Tremidos: Movimentos que possuem vibração e que captam momentos em que tanto os instrumentos que compõem a melodia da música árabe quanto os que compõem a percussão vibram.
A coreografia foi agregada à Dança do Ventre pelo ocidente, no oriente as dançarinas mostram ao público sua técnica através do improviso.
A música árabe deve ser estudada e mapeada pela dançarina ocidental, para que todos os movimentos sejam colocados nos momentos certos e para que sua criatividade e sua interpretação possam enriquecer sua apresentação.
Teoria de Reich
Wilhelm Reich, psicanalista, ampliou a “teoria da atividade” de Ferenczi, que afirmava que era possível identificar bloqueios e traumas emocionais através da análise da postura do corpo. Segundo essa teoria, traumas e bloqueios tiram o corpo do seu eixo natural provocando grandes desvios devido ao retesamento muscular, dessa forma, distúrbios mentais e emocionais poderiam ser facilmente eliminados trabalhando-se o corpo através da expressão corporal e exercícios de respiração.
A teoria de Reich está intrinsecamente ligada à estrutura de movimentos da Dança do Ventre, por isso conseguem grandes resultados terapêuticos através de sua prática.